A sociedade em geral vem evoluindo cada vez mais rápido e se adaptando sob vários aspectos comportamentais. Isso reflete o volume de inovações geradas pelo desenvolvimento social e tecnológico, que ocasionou maior conhecimento e grandes mudanças nos modelos de negócios e comunicação, em geral.
Estamos nos deparando com uma geração que busca aliar as responsabilidades no trabalho, com uma boa qualidade de vida. Por outro lado, os empreendedores estão cada vez mais focados nas atividades fins de suas empresas. As pessoas estão buscando um ambiente mais agradável e redefinindo a maneira de trabalhar e, as empresas estão buscando reduzir despesas e ser mais eficientes. A velocidade com que essas transformações ocorrem, geram maior competitividade para buscar melhor performance nos resultados.
Neste contexto, as organizações estão aprimorando suas ferramentas de controle, automatizando processos e investindo em conhecimento, para melhorar a eficiência, com o menor custo possível. Por isso surgiram oportunidades de compartilhamento de despesas com espaços físicos. Conhecidos como Coworking, esses escritórios compartilhados já são realidade no Brasil e no mundo. Normalmente, localizados em regiões estratégicas, e com boa estrutura, os espaços de Coworking vem crescendo bastante e, os dados estatísticos apontam um crescimento exponencial, mostrando que sua capacidade dobra a cada ano, haja vista a simplicidade do modelo.
Nos últimos anos milhares de empreendedores enxergaram a proposta de criar espaços, como uma grande oportunidade de faturar com o negócio. Atualmente, já existem empresas grandes que alugam esses espaços para que seus funcionários possam trabalhar. Mas inicialmente eram procurados por profissionais liberais, freelancers, autônomos e microempresários. Pois esses profissionais trabalhavam em casa e isso passou a ser um problema, em função das possibilidades de distrações (telefone, televisão, filhos, cachorro, etc.). Além disso, as limitações do espaço, desconforto e da qualidade da internet também passaram a ser relevantes.
Por outro lado, o custo para alugar/adquirir um espaço profissional era alto, sem falar no investimento (mobília, equipamentos, funcionários, etc).
O principal benefício de utilizar esses espaços compartilhados é a gestão do ambiente físico. Os escritórios convencionais demandam uma gestão exclusiva para administrar mobílias, limpeza, impressoras, insumos, concessionárias, manutenções, etc. Normalmente, essas atividades ficam a cargo de um gestor administrativo.
Em um Coworking essa preocupação não existe para quem utiliza o serviço. Em paralelo a isso, os espaços de Coworking ajudam os profissionais a terem descobertas surpreendentes, principalmente em função da conectividade com pessoas que atuam em diversos ramos e áreas de negócios. Isso possibilita networking e até mesmo a possibilidade de fechar negócios.
Outro ponto positivo é a possibilidade de adequação imediata, considerando obviamente as condições contratuais, às necessidades de adaptação de espaço, ou seja, se a empresa quiser reduzir a sua estrutura de pessoal, pode “entregar” a quantidade exata de posições desejadas; na ótica de crescimento, o mesmo também pode ocorrer. Dessa forma, a empresa que utiliza espaços compartilhados pode crescer, fisicamente, de forma escalonada, isto é, não precisaria alugar mais salas para comportar sua estrutura de pessoal.
No entanto, ainda existem desvantagens, que estão muito mais relacionadas ao perfil das pessoas que frequentam os locais, do que com a estrutura de fato. A própria característica do Coworking é caráter coletivo, e isso induz à multidisciplinaridade do ambiente, ou seja, em geral, não há muita privacidade. Dessa forma, se a pessoa que está utilizando o serviço for dispersa, a produtividade pode ficar comprometida, em função das movimentações e barulhos.
Em termos financeiros, para o usuário, é de se esperar que uma boa redução de custos, haja vista o próprio conceito colaborativo, que gera uma economia compartilhada. A empresa vai economizar com manutenções, energia elétrica, internet, condomínio, aluguel, entre outros. Por outro lado, há o custo do espaço, que tem um valor agregado de conforto e facilidade. Colocando esses dois pontos na balança, em geral, vale a pena. Mas tudo isso tem que ser mensurado e adequado às necessidades da empresa, pois o Coworking, vai ratear custos gerais, inclusive salas de reuniões, recepção e outras facilidades. Ou seja, a estrutura tem que fazer sentido para quem procura um espaço desses. Em geral, financeiramente, o retorno é muito rápido.
Como oportunidade de negócio, vale a pena o empreendedor investir tempo em uma boa análise de viabilidade de projeto. Analisar aspectos de mercado e as projeções financeiras são essenciais para evitar frustações com o negócio. Como qualquer outro empreendimento, o Coworking vai exigir tempo de maturação e grande investimento na estrutura física e divulgação. Além de um constante investimento em inovações tecnológicas. Engana-se que acha que um Coworking deve oferecer apenas mesas, cadeiras, internet e uma impressora. A concorrência é acirrada e o público espera muito mais que isso. Existem espaços compartilhados que oferece até rede social exclusiva, onde os integrantes podem publicar seus trabalhos e experiências. Internet de alta velocidade, ambientes bem decorados e eventos internos também são diferenciais importantes.